No monte dos ratos

Então cá estou eu, no monte dos ratos
Vim ler Balzac pra ser mais honesto
Talvez nas letras desse manifesto
Entendo melhor os últimos fatos

Pouco tangíveis na linha do tempo
Emaranharam-se em questão de horas
E o sol, que se põe por agora
Constitui o meu único alento

Mas à noite retorna a memória
A complexa e estranha lembrança
Que também traz consigo a esperança
De escrever outra vez essa história

Na nobre arte de esconder o peito
É preciso observar muito bem
É preciso ponderar os poréns
Pra que tudo saia perfeito

O problema é não tenho paciência
E honestidade nem um pouco me falta
É essa sinceridade que me mata
E me traz as piores consequências

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